Se você compra ou vende pela internet, certamente já ficou inconformado com os altíssimos preços de frete cobrados pelos Correios. Infelizmente, na atualidade, esta empresa, pública diga-se de passagem, trabalha contra os pequenos e médios empreendedores brasileiros.
O envio de uma mercadoria no serviço PAC de cidade para cidade custa em média 13,50 reais para envios de até um kilo, um verdadeiro roubo em nossos bolsos. Uma encomenda até um kilo para o norte, nordeste pode custar absurdos 23 reais.
Sabendo disso, o que os vendedores fazem ou faziam (ainda tem como fazer mas está mais difícil), enviavam as mercadorias pelo serviço de carta registrada que possui o custo padronizado, em média 4 a 6 reais, variando de acordo com o peso, até 500 gramas, para todo o Brasil.
Assim, por algum tempo vários empreendedores utilizavam o serviço pelo preço, praticidade e principalmente por não concordarem com as taxas dos Correios. Muitas vezes inclusive, o preço do frete pelas vias legais, ficava e fica acima do valor do produto ofertado, como no caso de relógios, correntes, convites e outros itens que muitos vendiam. E o mais incrível ainda nem citei, por vezes o envio por carta registrada chegava mais rápido que o envio por PAC ou Sedex.
Mas, nesta modalidade de envio nunca foi admitida a inclusão de bens, tais como: óculos, material de
informática, peças de reposição, suprimentos, etc., em cartas, ainda que
acondicionados em envelopes. Objetos dessa natureza, com ou sem valor
mercantil, destinados ou não a atos de mercância, só podem ser postados
como encomendas e, como tal, acompanhados de nota fiscal ou
discriminação de conteúdo. As pessoas que burlavam as regras realmente.
A cada dia que passa, a empresa aumenta a fiscalização contra a carta registrada. E, neste ponto, o comprador se faz uma pergunta lógica, porque pagar 23 reais de frete em um item que custa 2 reais? Sinceramente, se colocando no lugar do comprador iria responder que isso não tem o menor cabimento. A saída que a empresa trouxe aos vendedores trouxe fazer "contratos" com as empresas formais e oferecer descontos por cotas de produtos enviados e assim criou os serviços de PAC com desconto e o E-Sedex, no entanto, apesar de praticar preços menores com essas bandeiras, ainda é muito alto o frete e nem todo empreendedor formaliza ou quer formalizar seu negócio.
Da minha parte, seria muito mais fácil a empresa estabelecer um peso mínimo para o envio por carta registrada e não coibir todo mundo de utilizá-la, mas a ganância e o dinheiro que a mesma fatura com estas restrições falam mais alto.
Assim, trabalhar com vendas pela internet requer uma boa dose de sacrifício e disposição para contornar problemas como esses. A saída é procurar vender produtos em quantidade ou de forma casada, com vista a diluir o preço do frete no valor total. Infelizmente, a grande verdade é que os Correios não trabalham para a população brasileira, sendo um grande obstáculo para o comércio virtual brasileiro.